Dezembro e metas mentais


Dezembro e um mês de muita reflexão para várias pessoas. O ano está prestes a terminar e talvez isso seja motivação suficiente para se pensar o que foi feito ou deixado de ser feito durante aquele ano. Esse mês é um pouco confuso para mim. Ao mesmo que é estimulante pensar em receitas para fazer durante a época e ainda mais reconfortante a proximidade das chuvas, sempre paira uma melancolia inevitável.

É difícil lembrar de todas as vontade não realizadas devido ao medo. E ainda mais enfadonho saber que a culpa é sua. Não deliberadamente. Aqueles pequenos desconfortos vividos durante o início da adolescência provocam marcas difíceis de superar. E mesmo que se lute bravamente para driblar seu efeito, você se pega posteriormente percebendo que foi totalmente controlada por essas sombras. Como uma marionete.

Ainda assim posso afirmar categoricamente que  2022 foi um ano bom. As não realizações continuaram lá,  mas eu recebia essa sobrecarga emocional de uma forma um pouco diferente. Como aqueles vilões com o poder de receber a energia do super-herói, drená-la e fazê-la voltar ainda mais forte. Foi como uma motivação. Como disse uma certa psicóloga, não se pode esperar ter 80 anos para fazer o que quer fazer.

Geralmente eu não faço planos para o futuro, daquele jeito palpável de escrever no papel e deixar isso a mostra como um lembrete diário do que fazer para cumprir tudo. Tenho a sensação estranha de que quando faço isso se torna ainda mais difícil, devido ao fator imprevisto, que nunca está nos planos. Costumo mentalizar todas as minhas metas e por consequência da dedicação ou das forças supremas, são cumpridas.

Se pudesse resumir 2022 em uma palavra seria mudança. Muita coisa mudou aqui dentro e isso conseguiu reduzir as reações avassaladoras provocadas pelo estresse. Talvez tenha sido mais leve. E agradeço a todos que colaboraram com isso de alguma forma.

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