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Mostrando postagens de agosto, 2022

Espelhos e devaneios: se eu tivesse que falar de amor

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  Sempre que sento pra escrever acabo falando de amor. Dessa vez hesitei em deixar as palavras fluírem, é cansativo sempre falar das mesmas coisas e perder sempre a esperança de uma mudança para melhor. No entanto, entre a insegurança de crescer e a descoberta do olhar para si, a falta de amor também é algo que pesa em nós, jovens adultas nascidas nos anos 2000.  Crescemos sonhando com romances. Vimos isso nos filmes que passavam na Sessão da Tarde, nos livros que eventualmente caiam em nossas mãos. Não sei bem como é que começou, mas em algum momento da minha adolescência eu aceitei que talvez nunca fosse viver algo assim.  Nunca recebi nenhuma cartinha de amor.  Faz uns três dias que abro esse arquivo e fico olhando o cursor piscar perdido na página.  No final de semana passado fomos tirar as fotos do ensaio de formatura. Quando a maquiadora tirou o pincel da minha cara e disse que eu já podia me olhar no espelho, tremi. Pensei se eu enfrentava aquilo ali mesm...

21 motivos para fazer playlists

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 O primeiro motivo é bem óbvio: você pode organizar suas músicas com base na vibe e nos momentos que elas representam. Mais praticidade na hora de procurar o que ouvir. Você pode criar uma trilha sonora para qualquer situação. Compartilhar uma playlist com quem você ama também é uma linguagem do amor. Acordou meio triste e capenga? É só colocar uma playlist tristonha, sem se preocupar com um funk proibidão atrapalhando sua vibe. Dia de academia? Nada de escutar Ed Sheeran. Você tem sua própria playlist de reggaeton para te ajudar na hora de fazer agachamentos. Sabe quando você está revoltada com a vida e só quer saber de gritar? Aquela seleção de músicas de bandas punk feministas é a única coisa que pode te ajudar. Por que não fazer uma playlist inspirada na sua série preferida? E no seu livro favorito? Noite de cabaré? Você precisa de uma playlist de safadeza, é obrigatório! Postar aquela playlist nos “Melhores amigos” do Instagram – que só tem aquela pessoa que você quer pega...

A volta das tendências envolve muito mais que roupas

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O mundo está fervendo com a ascensão das sobrancelhas fininhas, tendência nos anos 2000. Uns piram porque querem aderir e outros piram em virtude das consequências que a retirada excessiva do bulbo pode causar no crescimento dos pelinhos. Apesar das polêmicas e dos delírios, essa e tantas outras tendências estão voltando com tudo, temos aí o  TikTok  para provar.  Nem a autora da matéria conseguiu escapar da ciclicidade da moda. Reprodução: Arquivo pessoal. Especialistas de moda e até quem gosta de acompanhar e estudar o assunto percebe que a moda é cíclica. Vai e volta. Estou na busca de compreender os motivos, mas certamente há uma explicação antropológica, social e cultural para o fato. Historiadores da moda afirmam que tem relação com um certo saudosismo de cada geração em dar vida a algo que não experimentou. Estudiosos também colocam a Internet e suas possibilidades como fatores que impulsionam o retorno dos anos 2000. Através da Internet, é possível ao usuário viaj...

A volta do jeans cintura baixa e porque quando é minha vez de ser adulto tá tudo mais difícil

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Lara Matos, estudante de Jornalismo. Reprodução: Arquivo pessoal. O ano era 2008. Eu assistia algum filme da Barbie na televisão, provavelmente A Princesa e a Plebeia (o *melhor* filme do universo cinematográfico da Barbie). Minha mãe estava do meu lado com um fio de nylon na mão enquanto eu segurava o outro lado e ela colocava as miçangas. Esse era um ritual comum em nossa casa, eu era obcecada por pulseiras, anéis e colares feitos de miçanga e todo mês uma nova leva de bijuterias eram confeccionadas por nós duas. Aqueles fios cheios de flores, quadradinhos e todas as formas possíveis, eram o que eu considerava o ápice da moda, acompanhados de uma bota, claro. E essa era a realidade não só para garotinhas de 8 anos como eu, mas para jovens até os seus 20 anos. Os anos 2000 foram uma época de minissaias, blusas tomara que caia, óculos extravagantes e rosa, muito rosa. É claro que para falar sobre os anos 2000 os jeans de cintura baixa não podem ser deixados de fora. Sendo sincera, essa...

Um recado das garotas

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  Sonhar se tornou uma atividade ainda mais difícil nos últimos dois anos. Perdemos tanto as nossas esperanças que acabamos desistindo de inúmeros projetos antes mesmo de começar.  A 21 nasceu assim. Da vontade de criar algo novo, compartilhar nossas histórias, exercitar a criatividade. Nasceu da busca por um algo mais, da inconformidade com o que esperam de nós. É mais que um zine, é a nossa juventude, nossas histórias, nossos medos e tristezas, é nossa vontade de mudar o nosso presente antes de pensar em mudar o mundo.  Mesmo que a gente desista daqui um ou dois meses, estamos felizes de termos começado. Classe de 2022