O que eu e Sísifo temos em comum, e a romantização da vida
Comunicado: a autora desse texto tem conhecimento limitado sobre o livro e teoria abordados e vive cronicamente online Quando tento lembrar como passei o ano de 2022 um branco me vem à cabeça. Eu não poderia descrever o que aconteceu naqueles 365 dias nem com uma arma apontada para a cabeça. Mas acho que isso não é verdade. A verdade é que eu sei exatamente como passei todos os dias, todas as semanas, eu sei o que fiz todos aqueles dias. Eu comi, eu bebi, eu dormi, eu li, eu assisti, eu passei por dias tristes, pensei em desistir, eu fiz o mesmo que fiz em 2021 e 2020 e todos os outros anos. Eu vivi. Mas eu não aproveitei nada. Lembra daquelas aulas de filosofia em que você não prestava atenção em muita coisa, mas mesmo assim tem coisas gravadas na cabeça porque o subconsciente é um mistério? Mesmo sem querer eu tenho gravado em minha mente as histórias de Prometeu, Atlas e Sísifo. De uma forma ou de outra os três representam o mesmo conceito para mim, a mesmice de todos os dias. Penso...